*[image: STeresa_dAvila]**Irmã Maria Cecília Seraidarian,
EP<http://ifte.blog.arautos.org/2011/07/07/o-desenvolvimento-da-vida-espiritual/>
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EP<http://ifte.blog.arautos.org/2011/07/07/o-desenvolvimento-da-vida-espiritual/>
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Em sua Teologia da Perfeição Cristã, o Pe Royo Marín (1968, p 273) salienta
que :
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que :
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*Cada alma segue seu próprio caminho rumo à santidade sob a direção e o
impulso supremo do Espírito Santo. Não há duas fisionomias inteiramente
iguais no corpo nem na alma. Contudo, os mestres da vida espiritual tem
tentado diversas classificações atendendo às disposições predominantes das
almas, que não deixam de ter sua utilidade ao menos como ponto de referência
para precisar o grau aproximado de vida espiritual em que se encontra uma
determinada alma. (…)*
impulso supremo do Espírito Santo. Não há duas fisionomias inteiramente
iguais no corpo nem na alma. Contudo, os mestres da vida espiritual tem
tentado diversas classificações atendendo às disposições predominantes das
almas, que não deixam de ter sua utilidade ao menos como ponto de referência
para precisar o grau aproximado de vida espiritual em que se encontra uma
determinada alma. (…)*
São três, parece-nos, as principais classificações que foram propostas ao
longo de toda a história da espiritualidade cristã: a clássica das três
vias: purgativa, iluminativa e unitiva; a do Doutor Angélico, baseada nos
três graus de principiantes adiantados e perfeitos; e a de Santa Teresa de
Jesus em seu genial Castelo interior ou livro das Moradas.
longo de toda a história da espiritualidade cristã: a clássica das três
vias: purgativa, iluminativa e unitiva; a do Doutor Angélico, baseada nos
três graus de principiantes adiantados e perfeitos; e a de Santa Teresa de
Jesus em seu genial Castelo interior ou livro das Moradas.
A obra de Santa Teresa de Jesus, Castelo interior ou Moradas, é tomada como
exemplo pela maioria dos autores de vida espiritual, pois explica de modo
excelente as fases da vida cristã rumo à santidade, baseando-se nos graus de
oração. Esta Doutora da Igreja compara a alma a um castelo e os diversos
graus da vida espiritual, aos aposentos desse castelo: "consideremos nossa
alma como um castelo, feito de um só diamante ou de limpidíssimo cristal.
Neste castelo existem muitos aposentos, assim como no céu há muitas moradas"
(1981, p. 19).
exemplo pela maioria dos autores de vida espiritual, pois explica de modo
excelente as fases da vida cristã rumo à santidade, baseando-se nos graus de
oração. Esta Doutora da Igreja compara a alma a um castelo e os diversos
graus da vida espiritual, aos aposentos desse castelo: "consideremos nossa
alma como um castelo, feito de um só diamante ou de limpidíssimo cristal.
Neste castelo existem muitos aposentos, assim como no céu há muitas moradas"
(1981, p. 19).
Santa Teresa divide o desenvolvimento da vida espiritual em sete moradas:
a) *Primeiras Moradas *(ibidem, p. 19-37) – considera a beleza de uma alma
em estado de graça e lamenta aquelas almas que jamais entram no castelo,
ficam ao redor dele, obstinadas no pecado. Afirma ainda que a porta de
entrada desse castelo é a oração. Trata da hediondez de uma alma em estado
de pecado mortal e da importância da humildade e do conhecimento de si
mesmo, através do conhecimento de Deus. Adverte também sobre as artimanhas
do demônio para impedir que as almas progridam dessas primeiras moradas para
as seguintes. Nesse estágio, as almas desejam não ofender a Deus e praticar
boas obras, no entanto, estão ainda absorvidas pelo mundo.
em estado de graça e lamenta aquelas almas que jamais entram no castelo,
ficam ao redor dele, obstinadas no pecado. Afirma ainda que a porta de
entrada desse castelo é a oração. Trata da hediondez de uma alma em estado
de pecado mortal e da importância da humildade e do conhecimento de si
mesmo, através do conhecimento de Deus. Adverte também sobre as artimanhas
do demônio para impedir que as almas progridam dessas primeiras moradas para
as seguintes. Nesse estágio, as almas desejam não ofender a Deus e praticar
boas obras, no entanto, estão ainda absorvidas pelo mundo.
b) *Segundas Moradas *(ibidem, p. 41-49) – aqui as almas já se preocupam em
servir a Deus, fogem das distrações fúteis e buscam uma vida de oração e
recolhimento, embora com muitas quedas e falhas. Têm aversão ao pecado
mortal, porém, pouco cuidado em evitar as ocasiões. Sofrem por sentirem cada
vez mais claro o chamado de Deus e não terem ânimo suficiente para se
entregarem inteiramente. Nesta fase, a Santa encoraja-as a não desanimarem
diante dos ataques do demônio mas serem humildes e se confiarem à
Misericórdia Divina, a fim de perseverarem.
servir a Deus, fogem das distrações fúteis e buscam uma vida de oração e
recolhimento, embora com muitas quedas e falhas. Têm aversão ao pecado
mortal, porém, pouco cuidado em evitar as ocasiões. Sofrem por sentirem cada
vez mais claro o chamado de Deus e não terem ânimo suficiente para se
entregarem inteiramente. Nesta fase, a Santa encoraja-as a não desanimarem
diante dos ataques do demônio mas serem humildes e se confiarem à
Misericórdia Divina, a fim de perseverarem.
c) *Terceiras Moradas *(ibidem, p. 53-68) – nestas moradas as almas passam a
ter mais oração e recolhimento, evitam os pecados veniais e fazem
penitência. Quando são provadas pelo Senhor com securas e aridezes,
desanimam porque ainda são débeis. Aconselha a estas almas a fuga das
ocasiões e a perseverança na humildade e na oração, sem fazer caso de
provações ou de consolações.
ter mais oração e recolhimento, evitam os pecados veniais e fazem
penitência. Quando são provadas pelo Senhor com securas e aridezes,
desanimam porque ainda são débeis. Aconselha a estas almas a fuga das
ocasiões e a perseverança na humildade e na oração, sem fazer caso de
provações ou de consolações.
d) *Quartas Moradas *(ibidem, p. 71-95) – é nesta etapa que ocorre a
transição da ascética para a mística. As tentações trazem benefícios e são
ocasião de mérito. Tem-se o início das orações contemplativas. Santa Teresa
ressalta a importância de crescer no amor, condição para progredir às
moradas seguintes.
transição da ascética para a mística. As tentações trazem benefícios e são
ocasião de mérito. Tem-se o início das orações contemplativas. Santa Teresa
ressalta a importância de crescer no amor, condição para progredir às
moradas seguintes.
e) *Quintas Moradas *(ibidem, p. 99-130) – a Santa Doutora descreve
longamente a união da alma com Deus na oração contemplativa. A experiência
mística é intensificada e aumentam as purificações passivas. As almas
experimentam grande amor ao próximo e têm necessidade de muita vigilância
para não cair nas sutilezas do demônio.
longamente a união da alma com Deus na oração contemplativa. A experiência
mística é intensificada e aumentam as purificações passivas. As almas
experimentam grande amor ao próximo e têm necessidade de muita vigilância
para não cair nas sutilezas do demônio.
f) *Sextas Moradas *(ibidem, p. 133-224) – nesta fase as almas recebem
grandes favores e padecem terríveis provações; Deus opera maravilhas
naqueles que alcançam estas moradas. O amor a Deus é levado até o
esquecimento de si mesmo. Os fenômenos místicos se multiplicam. As almas têm
desejo de unir-se intimamente a seu Senhor, abandonando esta vida.
grandes favores e padecem terríveis provações; Deus opera maravilhas
naqueles que alcançam estas moradas. O amor a Deus é levado até o
esquecimento de si mesmo. Os fenômenos místicos se multiplicam. As almas têm
desejo de unir-se intimamente a seu Senhor, abandonando esta vida.
g) *Sétimas Moradas *(ibidem, p. 227-260) – Perfeição – dá-se o "matrimônio
espiritual", a união transformante em que a alma se faz uma com Deus, sente
em si a inabitação da Santíssima Trindade. As almas atingem um estado de paz
e tranqüilidade inalteráveis, preocupam-se unicamente com a glória de Deus.
espiritual", a união transformante em que a alma se faz uma com Deus, sente
em si a inabitação da Santíssima Trindade. As almas atingem um estado de paz
e tranqüilidade inalteráveis, preocupam-se unicamente com a glória de Deus.
Diante dessa impressionante descrição de Santa Teresa de Jesus, um dos
luminares da mística experimental, percebe-se o belo mas árduo caminho a
percorrer para alcançar a santidade, uma vez que é preciso arrancar da alma
todo o apego às coisas terrenas e o apego a si mesmo para poder seguir a
Nosso Senhor Jesus Cristo (Lc 9, 23): "se alguém quer vir após mim,
renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me" (BÍBLIA SAGRADA,
1996). Sem um constante auxílio de Deus, que com sua graça atrai as almas,
sustenta-as e faz avançar nas vias da santidade, não seria possível ao homem
chegar à perfeição por suas próprias forças.
luminares da mística experimental, percebe-se o belo mas árduo caminho a
percorrer para alcançar a santidade, uma vez que é preciso arrancar da alma
todo o apego às coisas terrenas e o apego a si mesmo para poder seguir a
Nosso Senhor Jesus Cristo (Lc 9, 23): "se alguém quer vir após mim,
renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me" (BÍBLIA SAGRADA,
1996). Sem um constante auxílio de Deus, que com sua graça atrai as almas,
sustenta-as e faz avançar nas vias da santidade, não seria possível ao homem
chegar à perfeição por suas próprias forças.
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